Várias dezenas de trabalhadores da AGEAS SEGUROS, concentrados em Plenário junto à entrada do edifício da empresa no Porto, protestaram no passado dia 24 de Julho contra o processo de despedimento colectivo encapotado em curso e que envolve 89 trabalhadores.

Segundo o Secretário-Geral da CGTP-IN, presente no Plenário a convite do SINAPSA, "a finalidade é substituir trabalhadores pelo 'outsourcing' [contratação de serviços externos], ou seja, despedir uns para contratar outros com menos direitos e com salários mais baixos. Uma consequência óbvia será a degradação do serviço que é prestado aos clientes".

Arménio Carlos, em declarações à comunicação social presente (Agência Lusa e Porto Canal), sublinhou ainda: "é um despedimento colectivo de cerca de 90 trabalhadores a nível nacional. Isto é tanto mais inadmissível porque estamos a falar de pessoas com uma grande competência, com uma grande experiência".

No Plenário/Concentração, foi aprovada pelos trabalhadores presentes uma greve parcial, ainda sem data definida, que será decidida em diálogo com a estrutura sindical no terreno, nomeadamente com os Delegados Sindicais.

Neste protesto à porta da AGEAS SEGUROS, ficou claramente expresso que os trabalhadores pretendem resistir no sentido de preservarem os seus postos de trabalho.

O SINAPSA tem conhecimento de que empresa consultora externa, que está a fazer as entrevistas directas com os abrangidos pelo plano, tem pressionado estes trabalhadores a assinarem a revogação contratual, alegando inclusive a extinção do posto de trabalho, o que, na nossa opinião, é absolutamente inaceitável.

Esta prática ilegítima contraria o compromisso assumido pela AGEAS SEGUROS de respeitar a decisão individual dos trabalhadores.

O SINAPSA reafirma ainda a sua total disponibilidade para todos os esclarecimentos necessários, apelando ainda a todos os trabalhadores que não dêem passos que possam colocar em causa os seus direitos.

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