Vamos ao Teatro
Novembro 29, 2024Decorreu ontem a primeira ronda negocial entre o SINAPSA e a CARAVELA com vista à revisão da Tabela Salarial e Subsídio de Refeição para 2025, bem como de outras matérias de expressão pecuniária e clausular.
O SINAPSA apresentou à CARAVELA proposta para aumentos salariais de 15%, com mínimo de 150,00 € para todos os trabalhadores, e atualização do Subsídio de Refeição para 14,00 €/dia, com efeitos a 1 de janeiro de 2025.
Proposta do SINAPSA para a atualização do Apoio Escolar:
Escalão | Nominal |
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Pré-escolar e 1.º ciclo (1.º a 4.ºanos) | 100,00 € |
2.º ciclo do ensino básico (5.º e 6.º anos) | 130,00 € |
3.º ciclo do ensino básico (7.º a 12.º anos) | 170,00 € |
Ensino superior, politécnico ou universitário (até aos 25 anos de idade) | 170,00 € |
Outras propostas do SINAPSA:
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Subsídio de Transporte no valor de 40,00 € indexado ao preço do passe metropolitano em vigor a qualquer momento nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto;
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Atualização da contribuição do PIR (Plano Individual de Reforma) para 5%, aplicado sobre a retribuição base anual do trabalhador;
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Atualização em 15% das Outras Cláusulas de Expressão Pecuniária, nomeadamente o valor do Km para 0,49 €;
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Diminuição do Horário de Trabalho para as 28 horas semanais: 4 dias de trabalho e 3 dias de descanso semanal consecutivos;
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Extensão do Seguro de Saúde aos trabalhadores na situação de reforma.
A CARAVELA contrapropôs aumentos salariais de 2,4% para todos os trabalhadores, atualização das Outras Cláusulas de Expressão Pecuniária no mesmo percentual e atualização do Subsídio de Refeição para 13,50 €, em 2025.
A CARAVELA contrapropôs ainda a atualização do Apoio Escolar para valores que globalmente encontram-se próximos dos propostos pelo SINAPSA.
A CARAVELA recusou todas as restantes propostas clausulares do SINAPSA.
O SINAPSA considera insuficientes os aumentos salariais propostos pela CARAVELA, pois, apesar de se aproximarem da inflação prevista para 2024, não produzem uma verdadeira valorização dos salários dos trabalhadores da empresa, que possa inverter a perda de poder de compra sofrida pelos trabalhadores ao longo de décadas, para que todos possam viver em condições de dignidade.
A título exemplificativo e tendo como referência o Salário Mínimo Nacional (SMN), o salário mínimo obrigatório da Banda E (Especialista Operacional) tem vindo a perder poder de compra de forma acentuada, como podemos verificar no gráfico:
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Em 2009, o salário do Escriturário Nível X (hoje Especialista Operacional Banda E) correspondia a 134,02% em relação ao SMN.
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Em 2024, o salário do Especialista Operacional Banda E representa apenas 53,66% face ao SMN.
Aumentar os salários é, pois, uma exigência nacional, sobretudo perante uma situação anormal (tendo em conta os últimos anos) ao nível da subida dos preços e dos encargos com empréstimos, nomeadamente para a compra de habitação.
A próxima ronda negocial está agendada para o dia 14 de janeiro de 2025.
O resultado das nossas reivindicações só é possível com a força que os trabalhadores nos dão. Só a sindicalização dá capacidade reivindicativa.
Ganha Força. Dá-nos Força.
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!
SINDICALIZA-TE NO SINAPSA!